Violência Psicológica? Diga NÃO
- Raquel M Ferreira
- 6 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
Quando se fala em violência numa relação, temos tendência a pensar, quase de uma forma imediata, na agressão física. No entanto, não é preciso ser agredida fisicamente, para se estar numa relação violenta. Algumas palavras e atitudes magoam, destroem a auto estima e corroem-nos de uma forma indiscritível, deixando na sua grande maioria, danos irreparáveis.
A violência psicológica, é uma forma de violência que, por ser subjectiva é muitas vezes desconsiderada por quem a vive, sendo os seus sinais, por vezes, difíceis de identificar. Esta é um tipo de violência que, no seio de uma relação, se mascara de ciúmes, controlo, ironia, humilhação, ofensas, rejeição, depreciação, desrespeito, entre outros.
Não só é uma situação grave e intolerável, como quando permitida, têm tendência a piorar para agressões maiores. Verdade é que, este tipo de prática não deixam danos “visíveis”, e por isso, à semelhança da agressão física, a vítima tem vergonha de expor tal situação, isolando-se e por isso, tornando mais difícil de ser identificada e ajudada.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) “alguns estudos nacionais mostram que até 70% das mulheres já foram vítimas de qualquer tipo de violência por parte de um parceiro íntimo”
Como identificar? A violência psicológica acontece quando...
O seu parceiro/a insiste em tentar determinar e controlar qual a sua forma de pensar, agir, vestir e expressar-se;
Critica-a/o constantemente por alguma coisa que faça ou em relação ao seu corpo/aspecto físico, por vezes em tom de “brincadeira”;
Manipula e força-a a afastar-se dos seus amigos e/ou familiares, utilizando argumentos como “eles não prestam” e/ou “não querem saber de ti”;
A expõe a situações humilhantes em público;
A impede de ser você mesma
Consequências Psicológicas:
Dificuldade em confiar em novos parceiros, criar laços e estabelecer relações interpessoais;
Perturbações de Ansiedade, Ataques de Pânico;
Angústia;
Baixa auto estima;
Irritabilidade;
Depressão;
Sentimento de incapacidade e/ou culpa;
Sensação de vazio;
Isolamento social
Tentativa de suicidio.
Por isso, é necessário que não se deixe passar em branco, qualquer tipo de comportamento ou atitude deste género, na esperança que tenha sido apenas uma vez, acredite, foi e será sempre uma vez.
Caso se identifique ou tenha conhecimento de alguém que esteja a passar por este tipo de situações, não ignore. Procurar ajuda é fundamental e existem entidades competentes onde o pode fazer. Não está, nem precisa de passar por isso sozinho.
“Amor que é amor, não dói”

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